ALÉM DA TOGA
Sergio Maciel
QUEM OLHA PARA ESSES CINCO MAGISTRADOS NOS TRIBUNAIS NEM IMAGINA O TALENTO QUE POSSUEM QUANDO ESTÃO COM UM INSTRUMENTO MUSICAL NAS MÃOS. É SÉRIO! QUANDO ELES SE JUNTAM, DÃO VIDA A UMA BANDA PARA LÁ DE AFINADA. CONFIRA.

AUMENTA O SOM
Fotos: Isabela Salles
Na bateria, o juiz Adillar dos Santos Teixeira; no baixo, o juiz Carlos Sérgio Saraiva; no bandolim, o desembargador José Acir Lessa Giordani; no saxofone, o desembargador Márcio Quintes; e no teclado, o desembargador Wagner Cinelli. Está formada a banda dos magistrados! Na verdade, cada um deles já toca sozinho há tempos, com outras bandas. Mas se uniram para participar do I Festival Nacional da Canção da Magistratura, promovido pela Associação Nacional de Desembargadores (Andes), que aconteceu em outubro. E também aceitaram o desafio de tirar um som para a Revista Manchete, tocando O Barquinho. Para ver o resultado, aponte o celular para o QR Code na página ao lado. E veja, ainda, o depoimento de Roberto Menescal – com quem Wagner Cinelli toca – contando sobre a divertida história de como surgiu essa música, que é um ícone da Bossa Nova.
COMO TUDO COMEÇOU
Vamos iniciar pelo próprio Cinelli, que, por pouco, não deixou a música de lado. “Quando entrei para a magistratura, parei de ter banda. Mas, depois de um tempo, resolvi gravar minhas músicas autorais. Fui procurando meus amigos músicos, até bater na porta do Menescal, que o desembargador Elton Leme havia me apresentado”, lembra. A partir daí, começou a sua parceria com esse grande nome da Bossa Nova, resultando em encontros mensais e na criação de várias músicas. “A vida nos aproximou,
para a minha sorte”, comemora.
Já Márcio Quintes respira música desde a infância, por influência dos pais que ouviam muita MPB. Até que, aos 12 anos, escutou seus vizinhos ensaiando jazz e se apaixonou. E por que o sax? “Um dia, ouvi um amigo tocando esse instrumento e decidi que era isso o que queria aprender. Comecei a ter aulas e não larguei mais. Até hoje me reúno para fazer um som com os amigos”, conta ele, que também toca na noite, incluindo outros estilos, como o rock. E, agora, também cedeu lugar para a Bossa Nova, a convite do Wagner. “Ele tem esse coração agregador que consegue juntar todo mundo para fazer um som legal”, comenta.

No caso de José Acir, a paixão pela música vem de berço. “Minha mãe era cantora de opereta. E eu e meus irmãos seguimos para a música, cada um tocando um instrumento. Comecei com o violão, até que conheci uma turma muito boa do choro, e aquilo me inspirou. Inicialmente, parti para o cavaquinho e depois fui para o bandolim”. Até hoje ele toca chorinho por aí e brinca ao falar sobre o instrumento: “Parece que é uma parte do meu braço”.

Ao contrário dos dois colegas, não havia musicistas na família de Carlos Saraiva. Até que, um dia, ele escutou uma música e a sonoridade do baixo chamou a atenção dele. “A percepção veio de imediato. Mas tive que começar do zero”, lembra o juiz. Para isso, contou com grandes mestres: “Tive a honra de ser aluno do John Patitucci, em Nova York, e, no Rio, de Nico Assumpção. São dois ídolos que acrescentaram muito ao meu conhecimento”.
Para finalizar, chegamos ao baterista Adillar: “Eu me apaixonei por bateria nos anos 80, quando alguns amigos começaram a tocar rock. E, no primeiro Rock in Rio, assisti à banda Whitesnake e percebi que estava num caminho sem volta”. Mas vai ter roqueiro tocando Bossa Nova? “Essa foi uma encrenca que o Wagner me colocou, vamos ver no que dá. Mas vai ser muito bom, né? É uma experiência única”. E realmente foi, como você pode conferir em nosso vídeo. Sucesso, colegas queridos!

Sergio Maciel é vice-presidente da Revista Manchete, bacharel em direito, especializado em relações institucionais e governamentais






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