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Rio Innovation: INOVAÇÃO COM PROPÓSITO
A maior conferência global de tecnologia e inovação reuniu grandes nomes desses ecossistemas, com luz à cultura, e tornou o Brasil uma vitrine de tendências. Prêmio Nobel da Paz, futuristas, ícones da inteligência artificial e muitas outras personalidades mundiais inspiraram o público presente. Nós fizemos uma cobertura especial dessa temporada e apresentamos, neste caderno, diversos ângulos da quinta edição do Rio Innovation Week.
Prepare-se para mergulhar, nas próximas páginas, em imagens e conteúdos que vão revolucionar a sua visão sobre os caminhos que a nossa humanidade – cada vez mais tecnológica – está trilhando. Mas, além de ser um desfile de novidades, o RIW tem o compromisso de colocar a ética em primeiro lugar. Por isso, lado a lado a tantos avanços, traremos um apanhado do que os principais painelistas levaram aos palcos do evento, com o objetivo de provocar reflexões para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.
Tecnologia de braços dados com atitudes éticas é o que vai garantir um mundo cada vez melhor. Bom passeio pelo quinto Rio Innovation Week!
BEM-VINDO AO FUTURO
O Pier Mauá, de 12 a 15 de agosto, se tornou um ecossistema plural, reunindo estudantes, educadores, profissionais de comunicação e tecnologia, empreendedores, gestores públicos e investidores. O que tinham em comum? A vontade de descobrir o novo!
Logo ao cruzar o corredor de entrada – iluminado por LEDs transparentes que criavam uma experiência imersiva num universo futurístico –, o público já tinha a certeza de que a quinta edição do Rio Innovation Week (RIW) cumpriria o que promete: apresentar as tendências globais em tecnologia e inovação disruptiva. A maior conferência global de tecnologia e inovação teve como tema central deste ano: “Um olhar através da ética”. E, ao longode quatro dias, emergiram diversas reflexões a respeito disso, encabeçadas por grandes nomes do Brasil e do mundo, envolvendo os mais variados setores.
Experiências imersivas, espaços interativos, muito conhecimento e inúmeras conexões. Esse foi o saldo positivo de quem esteve lá respirando os ventos futuristas do RIW. “É um evento que possui a alma tech. Ele consegue envolver todos os participantes dentro de um presente, de um futuro, de como se autodeterminar, passando pelas questões éticas e pelas questões do avanço tecnológico: Tudo isso com muita sabedoria, com muita tranquilidade”, revelou Fábio Queiróz, diretor-geral do Rio Innovation Week.
Para inovar ainda mais, a grande novidade do quinto RIW foi o porta-helicópteros NAM Atlântico e o veleiro Cisne Branco. Eles abriram espaço para que a tecnologia pudesse falar ainda mais alto. “Como ocupamos toda a área disponível do pier da Praça Mauá em terra, resolvemos colocar 6 mil m2 dentro da água, que são os dois andares do navio, com inovação. E também, em uma garagem do armazém de 8 mil m2, fizemos pela primeira vez uma conferência imersiva com sete palcos”, destacou Jeronimo Vargas, diretor-geral do RIW.
Como você verá nas próximas páginas, o Rio Innovation Week surpreendeu não apenas pelo seu tamanho – que bateu recordes em relação às edições passadas –, mas também pelo imenso potencial de disseminação de conteúdo. Que venham as novidades!
”Como ocupamos toda a área disponível do pier da Praça Mauá em terra, resolvemos colocar 6 mil m2 dentro da água, que são os dois andares do navio, com inovação.”
Jeronimo Vargas, diretor-geral do RIW
INOVAÇÃO BATENDO RECORDES
Um fluxo enorme de pessoas lotou o Pier Mauá, deixando a certeza de que o RIW é um evento que entrou de vez para o calendário carioca – trazendo números impressionantes também para a cidade.
A nova edição foi ainda mais grandiosa do que as anteriores – mais precisamente, contou com uma estrutura 20% maior do que a do quarto RIW. “Os números superaram as nossas expectativas, e o mais legal é que pessoas do Brasil inteiro passaram por aqui. Recebemos visitantes dos 27 estados da federação. Foram mais de 20 mil pessoas envolvidas, trabalhando para que tudo isso acontecesse. Então, ficamos muito honrados em ver esse crescimento,” comemorou Bruna Reis, diretora-executiva do evento.
O diretor-geral do Rio Innovation Week ficou radiante com o novo êxito. “Acabamos gerando muitos recordes. São números grandiosos que comprovam que é um evento que está no coração do Brasil. O RIW coloca o Rio de Janeiro como capital mundial de tecnologia e inovação durante seus quatro dias”, afirmou Fábio Queiróz.
E que números são esses? Você descobre na página ao lado! Assim como pode sentir o clima do público recordista, totalmente entregue às inovações que surgiram diante de seus olhos, como as esculturas feitas de LED, e às ideias arrojadas apresentadas nos painéis (os quais você terá uma palinha logo a seguir).
CRIAÇÕES ESTUDANTIS SE DESTACAM
O RIW também abriu as suas portas para inovações que estão surgindo nas universidades e instituições de ensino do país. Iniciativas e projetos criados, por exemplo, pelos alunos da Uerj, IFRJ, UFF, UFRRJ, Faetec, Uenf, Ibmec/Instituto YDUQS, Instituto XP e Centro Universitário Fiap marcaram presença nos estandes do evento. Entre eles, o robô humanoide da foto, produzido pela Fiap.
NÚMEROS SURPREENDEM
205 mil pessoas vieram de todo o Brasil
30 delegações estrangeiras participaram
90% de ocupação dos hotéis nas áreas do Centro e da Zona Sul
+ de 3 mil palestrantes de 20 países
40 palcos simultâneos para palestras de vários segmentos
2 mil startups marcaram presença
400 expositores estiveram lá
R$ 4 bilhões em negócios foram gerados
MENTES BRILHANTES
E SUAS VOZES POTENTES
Nos palcos do RIW, houve uma costura de abordagens com o propósito de gerar reflexões e construir futuros mais sustentáveis. Veja, aqui, quais foram as maiores mensagens que alguns dos palestrantes nos trouxeram.
ARNALDO ANTUNES E NEY MATOGROSSO
artistas
Eles discutiram processos criativos, inovação e como se manter relevantes frente às transformações culturais. Ney, que completou 84 anos, declarou que “o segredo é se renovar sempre, estar em contato com as pessoas, vivendo o mundo atual”. Arnaldo destacou a potência da palavra como base de criação: “A palavra é a minha plataforma para outras linguagens”. Ao final, cantaram à capela, emocionando a todos.
SEBASTIAN VETTEL
tetracampeão de Fórmula 1
Ele defendeu que a tecnologia e a mobilidade devem caminhar lado a lado com a preservação ambiental. “A Fórmula 1 deve acelerar para se tornar mais verde”, instigou.
AMY WEBB
futurista e fundadora do Future Today Strategy Group
A americana abriu sua fala surpreendendo a plateia ao se apresentar em português, por meio de clonagem de voz via IA. Em seguida, destacou os conceitos de searchless, em que sistemas inteligentes antecipam necessidades, e AI2C, que personaliza produtos sob demanda. E declarou: “O futuro não se adivinha, se constrói. Cenários sem estratégia não mudam nada. Precisamos agir com método para transformar tendências em impacto real”.
MARCOS PIANGERS
comunicador
O autor de O Papai é Pop provocou reflexões sobre o excesso de conectividade e a importância de equilibrar tecnologia com humanidade. Ele ressaltou que inovação não faz sentido sem vínculos reais. “Estamos cada vez mais conectados, mas sozinhos. Precisamos resgatar o que nos torna humanos: empatia, criatividade e afeto.” E também defendeu que é preciso resgatar a criança criativa que existe em cada um de nós.
DANIEL GOLEMAN
psicólogo e jornalista científico
Em um mundo cada vez mais automatizado, o americano reforçou: “A inteligência emocional é ainda mais importante em tempos de IA, justamente porque ela é sobre emoções”. O americano, que é autor do livro Inteligência Emocional, afirmou que a IA se compara à inteligência humana em muitas coisas. “Em outras tantas, é até mais inteligente do que nós, mas não quando se trata de emoções”.
GRAÇA MACHEL
ativista e líder humanitária
A moçambicana defendeu que “a inovação deve garantir que todos tenham comida, água, educação, ciência e tecnologia”, ressaltando a importância de manter a dignidade humana como eixo central do avanço tecnológico. Ao fim do painel em que ela participou, recebeu uma homenagem emocionante: de pé, o público cantou “Parabéns pra você”, celebrando seus 80 anos de vida e trajetória.
FÁTIMA BERNARDES
apresentadora
HUGO GLOSS
jornalista e influenciador
Gloss conduziu uma conversa com a apresentadora sobre transição de carreira e como se reinventar profissionalmente em meio à era digital. Ele comentou com bom humor: “Não é todo dia que você tem um encontro com Fátima, né?”. E ela ressaltou os desafios e aprendizados da nova fase: “Aprendi que a gente pode se comunicar de diferentes formas, e que o digital me permite estar ainda mais próxima do público”.
CAMILA FARANI
empresária e investidora-anjo
FELIPE TITTO
ator e empresário
Camila conduziu o diálogo, em que observou que “a influência, quando bem direcionada, se transforma em patrimônio e participação societária”, destacando a visão estratégica por trás das redes sociais. E Titto salientou como fez a sua reviravolta com o empreendedorismo digital: “Eu recebia R$ 4 mil por mês na Globo e tinha meu nome no Serasa. Em seis meses, fiz meu primeiro milhão”.
LEANDRO KARNAL
historiador e escritorEle defendeu a urgência da divulgação científica. “Houve uma troca da reflexão sistemática pela doxa, ou seja, pela opinião. A internet equiparou as duas coisas”, alertou, dizendo que, hoje, a opinião sem base científica ganhou a mesma visibilidade que décadas de pesquisa.
JOHN MAEDA
vice-presidente de design e IA da Microsoft
No palco montado como uma cozinha improvisada, ele usou o doce “morango do amor” para ilustrar como diferentes modelos de IA processam dados como ingredientes e interpretam a mesma informação de formas distintas. E mostrou que a tecnologia só se torna útil quando conectada ao contexto humano. “Quando entendemos como a IA funciona, podemos usá-la de forma mais consciente e crítica.”
PETER DIAMANDIS
presidente da X Prize Foundation
Ele apresentou uma visão otimista do futuro, enfatizando o poder transformador da tecnologia: “IA é inteligência amplificada, não artificial. Quanto mais inteligente você for, mais inteligente a IA é”. Ponderou, ainda, sobre a evolução acelerada, já que vivemos momentos de mudanças que, nos próximos dez anos, superarão o que vimos nos últimos cem. “Hoje é sempre o melhor dia, exceto por amanhã, que será ainda melhor.”
REBECA ANDRADE
ginasta bicampeã olímpica
Durante sua palestra, ela surpreendeu ao anunciar que não competirá mais na prova de solo. “O solo é o que causa mais impacto. Foram 21 anos de ginástica, cinco cirurgias no joelho e uma em cada pé. Parar nessa prova vai me permitir continuar treinando por mais tempo”, explicou, demonstrando que, no cotidiano profissional, reconhecer limitações e ajustar rumos pode prolongar a evolução e o impacto sustentável.
JAMES DANIEL WHITFIELD E MARCELO GLEISER
físicos
Marcelo coordenou o painel “Ciência para Todos”, trazendo reflexões sobre o papel transformador da tecnologia aliada à ética. Ele destacou: “A humanidade está em transformação. As máquinas não só nos servem, mas nos transformam”. Já Whitfield explicou que a computação quântica pode treinar – e não substituir – a inteligência artificial, abrindo caminho para uma simbiose entre ciência e responsabilidade.
IAN BEACRAFT
futurista
Ao falar sobre o impacto da IA nas relações de trabalho, destacou a importância de se pensar estrategicamente, usando tecnologia para potencializar equipes humanas, e não substituí-las.
KANG ZHANG
pesquisador chinês
Em sua apresentação, mostrou dois projetos que unem arte generativa e tecnologia. Zhang reforçou que, para ele, “a IA deve ser vista como extensão do olhar humano”, destacando sua crença no potencial da inteligência artificial para preservar e reinventar legados artísticos. Vale dizer que o pesquisador está entre os 2% de cientistas mais influentes do mundo, segundo Stanford.
GKAY
influenciadora
Ao falar sobre moda acessível e diversidade, ela destacou a importância de abrir a alta-costura para além das passarelas elitistas: “Eu popularizei a moda para a internet, a alta-costura, porque quero que essa informação chegue ao meu público. Quero mostrar bastidores e como tudo acontece, para que a democracia da internet leve a moda para todos”.
CLÁUDIO CASTRO
governador do Rio de Janeiro
Durante o RIW, o governador lançou o Prêmio Transforma.RJ, iniciativa para reconhecer projetos inovadores de servidores estaduais que simplifiquem, modernizem e melhorem os serviços públicos. A ação é uma parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Secretaria de Estado de Transformação Digital, o Proderj e a Faperj, com apoio técnico do Sebrae Rio. “O Estado do Rio tem servidores comprometidos e capazes de criar soluções que transformam vidas”, afirmou Castro.
EDUARDO PAES
prefeito do Rio de Janeiro
Na cerimônia de abertura do RIW, ele anunciou o terceiro ciclo do Sandbox.Rio, um ambiente regulatório experimental que flexibiliza normas municipais para testes de tecnologias inovadoras, e o lançamento do Desafio Rio, programa que transformará a prefeitura em investidora-anjo de soluções tecnológicas para o serviço público. “Essas iniciativas têm um objetivo comum: posicionar o Rio no centro da rota global da tecnologia, com foco na
melhoria da vida das pessoas”. Ainda no evento, Paes assinou um protocolo com a Oracle e a Elea para criar o Rio AI City – hub de data centers com energia limpa. “Este é um passo para que o Rio de Janeiro se torne a capital da IA no Brasil,” afirmou.
FRENTE A FRENTE COM OS INFLUENCERS
Eles estão diariamente nas telas, trazendo conteúdos que engajam públicos gigantescos. E, nos palcos do RIW, não poderia ser diferente.
Os influenciadores digitais também movimentaram o evento, levando seu público para o RIW. Gil do Vigor, em sua palestra “Conectar para Pertencer”, explicou que tem uma equipe por trás para auxiliá-lo na produção de conteúdo e que eles o apoiam na forma de falar com “pertencimento”: “Para mim, é muito emblemático estar aqui, poder falar sobre esse processo muito genuíno, natural e orgânico. As pessoas vão entender o seu conteúdo e vão se conectar”. O professor e criador de conteúdo educativo por meio do canal Operação Barbarussa, João Pedro Rangel Diniz, se posicionou sobre um dos temas mais debatidos: a inteligência artificial. “A IA não é uma preocupação de impacto social tanto quanto parece ser. A discussão é menos sobre até onde ela vai e muito mais sobre como nós, enquanto sociedade, vamos nos organizar para nos adaptarmos à existência dela, como nos adaptamos a tantas outras tecnologias,” disse ele.
A atriz Flávia Alessandra fez uma maratona de palestras no RIW. Falou sobre sua plataforma de bem-estar no palco Global Health, sobre o impacto da ioga na vida de quem pratica e, ao lado da filha Giulia Costa, abriu detalhes da carreira, no palco Luxo Contemporâneo, dividido também com a embaixadora do RIW e maior investidora-anjo mulher da América Latina, Camila Farani. “Além de todo o talento, a Camila é muito generosa. Eu aprendi muito com ela nos meus primeiros passos como empreendedora. E hoje estar aqui, ainda mais com a minha filhota, está sendo muito especial”, declarou Flávia Alessandra com o endosso da filha. Camila retribuiu os elogios e, sobre o tema do debate, resumiu: “Como o mercado de moda e de luxo se conecta nos negócios, todos eles são transversais”.
Já o youtuber, gamer e empresário Bruno PlayHard se apresentou falando de sua experiência de mais de dez anos no mercado de games e contou sua trajetória como empreendedor e criador de conteúdo. “O mercado dos games está muito aquecido. A nova geração tem amplificado bastante essa mensagem”, disparou. E uma das atrações da web mais aguardadas foi Felipe Theodoro, ou Theo, como é conhecido. Na noite do último dia do evento, o irreverente influenciador atraiu uma multidão para a sua palestra. Em um trecho, comentou que muitos foram lá porque dizem querer ser como ele, e aconselhou: “Você não vai ser nunca, sabe por quê? Porque você é especial, assim como eu. Eu nunca vou conseguir fazer o que você faz, da forma como você faz, e você nunca vai conseguir fazer o que eu faço, da forma como eu faço”, concluiu com aplausos.
TEM NAVIO TECNOLÓGICO NO PIER
Pela primeira vez, a inovação da RIW se expandiu mar adentro. O maior navio de guerra da América Latina atracou no Pier Mauá, transformando-se em um espaço imersivo de ciência, cultura e tecnologia. Não à toa, foi uma das maiores novidades desta edição do evento.
Só pela imponência, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico já chamaria a atenção do público – 203 metros de comprimento por 30 metros de altura, o equivalente a um prédio de dez andares, e com espaço para receber até 18 aeronaves. Mas o que ele abrigava por dentro foi o principal motivo das enormes filas formadas para a sua visitação: exposições interativas (inclusive, de equipamentos e sistemas militares), experiências de realidade virtual, arena games, debates, competição de robôs, cinema em 4K e diversas atrações culturais, com apresentações de grupos de dança e shows.
Para curtir todas essas atrações, o público pôde embarcar nesse grandioso porta-helicópteros, projetado para tarefas de controle de áreas marítimas e para missões de caráter humanitário. De acordo com a Agência Marinha de Notícias, a participação da Força Naval no RIW reforçou o papel da Marinha do Brasil como agente de inovação tecnológica no país, além de atuar na sustentabilidade. Afinal, com alguns de seus programas, contribui para a proteção da Amazônia Azul e para o desenvolvimento científico nacional. Fábio Queiróz, diretor-geral do Rio Innovation Week, reconheceu o sucesso dessa parceria com a Marinha. “Foi um golaço dessa edição. Já queremos renovar com o navio para o ano que vem”, antecipou.
Porém, o NAM não foi a única estrela ancorada no Píer Mauá. Perto dele estava o navio-veleiro da Marinha, o Cisne Branco, também aberto à visitação. A embarcação é utilizada como a embaixada do Brasil no mar. Mais inovador, impossível.
MOSTRA TOCOU EM NOSSA CONSCIÊNCIA
Logo na entrada do RIW, os visitantes foram chamados à reflexão sobre o uso excessivo de telas.
A exposição Removed, do fotógrafo norte-americano Eric Pickersgill, ocupou a entrada do Rio Innovation Week com imagens em escala monumental. Nos murais, cenas do cotidiano em que celulares foram retirados digitalmente das mãos dos retratados revelaram, de forma inquietante, a dependência silenciosa das telas em nossa vida social. Ao percorrer os corredores, o público se via refletido naquelas ausências, num convite à reflexão sobre presença, vínculos e a própria noção de conexão. Com impacto visual poderoso e alcance simbólico, a mostra transformou a experiência do evento em um exercício de consciência coletiva.
SÃO PAULO, ESTAMOS CHEGANDO!
Devido ao sucesso e ao amadurecimento do Rio Innovation Week, os diretores-gerais Jeronimo Vargas e Fábio Queiroz anunciaram a expansão do evento conectando as duas maiores metrópoles do Brasil.
Vem aí o São Paulo Innovation Week, e já tem data marcada: maio de 2026. A ideia é reunir 24 conferências, 1.500 palestrantes, 1.000 startups e 150 expositores. O evento será sediado em uma área de 50 mil m2, em locais como a Mercado Livre Arena Pacaembu e a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), além de contar com side events pela cidade. A expectativa é receber 30 mil visitantes por dia.
“Vamos aterrissar em São Paulo com muita vontade de transformação e de sensibilização para tecnologia, inovação e empreendedorismo. Desejamos modificar mentes, realidades e ações”, afirmou Fábio Queiróz. Mas ele avisa: “Nossa chegada em São Paulo em nada diminui o Rio de Janeiro. Pelo contrário! Teremos uma Rio Innovation Week ainda maior e melhor em 2026”. A sexta edição – de 4 a 7 de agosto – pretende ser ainda mais ousada, expandindo para eventos paralelos nas Zonas Sul, Norte e Oeste.
Para finalizar, Fábio deixou o seu recado: “Tanto no Rio quanto em São Paulo, a proposta é fazer uma reflexão dentro da velocidade muito grande do avanço tecnológico. Somos absolutamente favoráveis a isso, mas precisamos sempre estudar os seus limites. O ser humano precisa estar no controle, com privacidade respeitada e responsabilidade social incrementada. É transformação através de ação”.
