Refúgio gastronômico carioca: conheça a Casa Horto

Entre o Cristo Redentor e a natureza exuberante do Jardim Botânico, há um lugar onde história, sabor e charme carioca se encontram. Difícil explicar… mas fácil sentir. A Casa Horto é um verdadeiro refúgio gastronômico no coração do Rio. Instalada em um casarão de 1839, a casa abriga quatro operações complementares, distribuídas em dois andares, em um ambiente onde cada detalhe importa — da brasa ao paisagismo. 

No térreo, o Pátio tem o fogo como protagonista, com carnes na parrilla e vegetais direto da grelha. O cardápio também contempla o público vegano e vegetariano, com opções saborosas como o mix de legumes grelhados com azeite de alecrim e flor de sal (R$ 54) e o palmito pupunha na grelha com manteiga de ervas (R$ 42 a meia porção, R$ 78 a inteira).

Acompanhamentos variados, como farofas (a partir de R$ 32), saladas (a partir de R$ 36) e molhos especiais — chimichurri, manteiga de ervas e vinagrete — completam as refeições. Entre as entradas, destacam-se o ceviche de peixe fresco (R$ 54) e as empanadas de fraldinha (R$ 24), cordeiro (R$ 25) e queijo (R$ 20), vendidas por unidade.

As sobremesas assinadas por Tamara Wilson são verdadeiras experiências sensoriais: Baked Alaska (R$ 52), Key Lime Pie (R$ 36), Cheesecake de doce de leite (R$ 44) e a clássica panqueca de doce de leite (R$ 39), criação do chef Adair Herrera.

Durante a semana, de segunda a sexta (exceto feriados), das 12h às 16h, a Casa Horto oferece um menu executivo a partir de R$ 62, com entrada, grelhado (carne, frango ou peixe), acompanhamentos como penne ao sugo, legumes na brasa, arroz ou farofa, e sobremesa ou fruta da estação.

Subindo por uma das escadas de aço corten, chega-se ao P’Alma, o restaurante mais sofisticado da casa, que funciona apenas no jantar. Ali, elegância, técnica e leveza se unem em um menu exclusivo assinado pela chef Luisa Veiga, que já atuou ao lado de grandes nomes da gastronomia, como Joel Robuchon, Alex Atala e Christophe Lidy.

Entre os destaques do cardápio estão o carpaccio de polvo mediterrâneo com azeite de cebolete e raspas de limão (R$ 85), o crocante de camarão com molho de amendoim (R$ 54) e o duo de foie gras com espuma leve e torradas de ciabatta (R$ 120). A chef propõe uma fusão refinada entre terra, céu e mar, com pratos como o steak tartar trufado com telha de parmesão (R$ 79), considerado imperdível.

Para encerrar a experiência no P’Alma, as sobremesas da pâtissier Tamara Wilson surpreendem: Pavlova com doce de leite e frutas vermelhas (R$ 59), Mud Pie com sorvete de creme (R$ 41) e Tarte Tatin com sorvete de canela (R$ 43). O ambiente intimista, embalado por jazz, bossa e chillout, conta ainda com duas varandas ao ar livre, com serviço exclusivo e vista deslumbrante.

Nos fundos, o Speakeasy oferece uma atmosfera mais reservada, ideal para encontros discretos. Já o Empório 1839, integrado à natureza do Horto e com projeto assinado pelo arquiteto João Uchôa (Rock in Rio, Cidade do Samba), reúne produtos artesanais de pequenos produtores: pães da padaria própria, queijos, conservas, embutidos e cafés especiais. A carta de vinhos, com curadoria da sommelière Elaine de Oliveira, e o gin autoral da casa, produzido no próprio local, completam a experiência. Tudo pode ser consumido ali mesmo ou levado para casa.

No bar, a carta de drinques assinada por Jessica Sanchez — eleita pela Forbes a melhor bartender da América Latina — é um espetáculo à parte. Entre as criações, destacam-se o Pátio CK (R$ 44), com tequila prata, maracujá, limão, hortelã e bitters; o Garden (R$ 46), com gin, pitaya, flor de sabugueiro e limão siciliano; e o Rose Cocktail (R$ 46), com vodka, acerola, hortelã e grapefruit clarificados.

Com charme, autenticidade e uma conexão profunda com a alma do Rio, a Casa Horto é mais que um restaurante: é um convite para viver a cidade com todos os sentidos.

Foto: Tomas Rangel

 

Serviço  

Casa Horto 

Rua Pacheco Leão 696, Jardim Botânico, Rio de Janeiro.  

Pátio: ter a sab, das 12h às 23h50.  

Pátio: dom das 12h às 21h 

P’Alma: ter a sab, das 19h à 1h.   

Reservas: 21 93618-6310  

@casahorto 


Sabores que navegam: Lisboa e Paraty conectadas pelo vinho

Paraty, com seu charme colonial, ruas de pedra e paisagens tropicais, foi o cenário escolhido para uma experiência que uniu história, natureza e o sabor dos vinhos de Lisboa. Durante três dias, a cidade recebeu um grupo de jornalistas para uma imersão sensorial em que o Atlântico uniu continentes — pela taça.

Típicas escunas de Paraty
Edificações tombadas de Paraty

 

A Sommelière Elaine de Oliveira com a colunista Germana Puppin

A Revista Manchete, por meio da coluna Agenda Rio 360, acompanhou de perto essa jornada que combinou enoturismo, cultura e descobertas. A proposta era clara: explorar a diversidade dos vinhos lisboetas em pleno litoral brasileiro, criando pontes entre paisagem e paladar.

Apesar de ainda serem pouco explorados pelo público brasileiro, os vinhos de Lisboa vêm se destacando como uma região de enorme potencial. Quando os brasileiros pensam em vinhos portugueses, geralmente lembram do Douro ou do Alentejo — mas Lisboa merece um lugar especial nessa memória. Suas vinícolas, algumas a apenas 15 minutos do centro da capital portuguesa, produzem rótulos extraordinários, marcados por frescor e identidade própria.

Guiada pela sommelière Elaine de Oliveira, especialista nos rótulos da região, a imersão apresentou uma seleção de vinhos de diversas sub-regiões de Lisboa, cada qual com sua personalidade, clima e história. A experiência foi uma forma de estreitar os laços com o público brasileiro:

“Lisboa é profundamente atlântica. Seus vinhos são verdadeiras joias que carregam o sal, o vento e a leveza do mar. E onde sentir isso de forma tão intensa quanto em Paraty?”, comenta Elaine.

“Queremos que os vinhos de Lisboa sejam reconhecidos não apenas pela qualidade, mas também pela sua história e autenticidade. Essa troca cultural com o Brasil tem um valor imenso para nós, e Paraty foi o cenário ideal para compartilhar essa narrativa.” – complementa a sommelière.

E por que Lisboa? Porque é plural, marcada pela presença do Atlântico — que molda os solos, refresca os vinhedos e imprime aos vinhos frescor, elegância e salinidade. Uma região viva, vibrante e cheia de personalidade.

Vinho da região Carcavelos

Para André Teodoro, diretor de marketing da Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa, a ação reforça a identidade dos vinhos da região:

“A região de Lisboa se estende da área metropolitana até um pouco acima de Fátima. São nove denominações de origem, cada uma com terroirs muito específicos. Embora diferentes entre si, esses terroirs compartilham características marcantes: em todos, o mar exerce uma forte influência, trazendo salinidade, leveza e frescor. Essa acidez vibrante confere aos vinhos uma harmonia perfeita com a culinária brasileira e portuguesa.”

Destaques entre as sub-regiões:

Colares

Vinhedos raríssimos, plantados sobre dunas de areia e protegidos do mar por paliçadas de cana. É uma das regiões mais próximas do oceano em toda a Europa. Seus vinhos, feitos com Ramisco (tinto) e Malvasia de Colares (branco), são longevos, minerais e inconfundíveis.

Óbidos

Charmosa e versátil, abriga desde pequenos produtores a vinícolas inovadoras. Seus brancos são aromáticos; os tintos, equilibrados — sempre com excelente relação entre qualidade e preço.

Bucelas

Terra da Arinto, uva branca de alta acidez e elegância. Os vinhos são cítricos, minerais e surpreendentemente longevos — favoritos históricos da corte inglesa.

Carcavelos

Pequena no mapa, gigante em história. Famosa pelos vinhos fortificados, hoje preservados por uma valiosa iniciativa pública. Seus rótulos são doces, intensos e complexos — verdadeiros tesouros.

Alenquer

De clima mais quente, produz tintos encorpados e profundos, mas com acidez equilibrada. Um exemplo de potência com elegância.

Arruda dos Vinhos

Vizinha de Alenquer, com solos argilosos e clima seco. Seus tintos se destacam pela qualidade e estilo contemporâneo, agradando tanto paladares clássicos quanto curiosos.

Torres Vedras

Uma das maiores e mais produtivas sub-regiões de Lisboa, sem abrir mão da qualidade. Seus tintos são descontraídos, frutados e ideais para o dia a dia.

Encostas d’Aire

Na transição entre Lisboa e o centro de Portugal, combina tradição e inovação. Produz tintos estruturados e brancos de boa acidez — sempre instigantes.

Lourinhã

Única região de Portugal com Denominação de Origem exclusiva para aguardente vínica. Seus destilados são complexos e carregam séculos de tradição.

Alta gastronomia com harmonizações dos Vinhos de Lisboa

E o que dizer das uvas? A diversidade da região também se expressa nas castas que compõem seus vinhos. Arinto, com sua acidez vibrante; Fernão Pires, aromática e expressiva; Castelão, versátil e cheia de personalidade; Vital, redescoberta em rótulos surpreendentes; Ramisco, joia de Colares; Touriga Nacional, intensa e estruturada; Alicante Bouschet, profunda e marcante. Um verdadeiro mosaico de sabores que revela a alma do território em cada taça.

Durante a viagem, a Agenda Rio 360 capturou não só os vinhos, mas também os encontros, sabores, conversas e a beleza única de Paraty. Foi uma verdadeira celebração da união entre o charme da Costa Verde e a elegância dos vinhos atlânticos portugueses.

Paraty ofereceu o cenário, Lisboa revelou sua alma, e o vinho tornou-se a ligação perfeita entre esses dois universos. Lisboa merece estar presente em suas taças e em suas histórias, mostrando que, em cada gole, reside um mundo de experiências, sabores e conexões — um convite para continuar explorando e valorizando o melhor desses dois mundos.

 

 

 

 

Do arraial direto pro potinho: sorvetes juninos invadem o Rio

Sabores Juninos

O clima de festa junina já chegou ao Rio… com um toque gelado e irresistível dos sorvetes Stuppendo!

A Agenda Rio 360 foi conferir de perto essa explosão de sabor e tradição na Barra da Tijuca. São mais de 10 opções inspiradas nas festas de São João — os sabores do Festival Junino vão de paçoca, tapioca e manjar a cocada mole, cocada brûlée, cocada com abóbora, batata-doce, curau, milho verde e bolo de cenoura. Um verdadeiro arraiá de gelatos que une afeto, criatividade e sabor.

Cada receita é produzida na própria loja, com frutas frescas, ingredientes naturais e a cremosidade inconfundível da casa. É memória afetiva servida em forma de gelato, com o gostinho típico das festas de junho.

Colunista Germana Puppin

A Stuppendo, gelateria artesanal premiada com mais de 25 anos de história, apresenta o imperdível Festival de Sabores Juninos. Inspirada nas celebrações tradicionais do mês, a campanha transforma a vitrine da loja em uma homenagem às delícias que marcam essa época tão especial — agora com um toque gelado e sofisticado.

Fundada por Edu Guedes e sua mãe, Leila Pega, a Stuppendo nasceu da paixão pela gastronomia e pelo autêntico gelato italiano. Com produção diária e receitas autorais, a marca já recebeu prêmios nacionais e internacionais, como a Spatola D’Argento, na Itália. Sua unidade no BarraShopping, no Rio de Janeiro, é hoje um dos destinos preferidos dos apaixonados por sorvete artesanal.

Cada colherada é uma viagem no tempo — da cozinha da avó ao coreto da quadrilha. Mais do que sorvete, é uma celebração da cultura brasileira com um toque artesanal único.

 

Sabor Churros
Sabor Paçoca

SERVIÇO – STUPPENDO RIO 

Endereço: BarraShopping – Av. das Américas, 4666, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ 

Funcionamento:

Segunda a sábado, das 10h às 22h 

Domingos e feriados, das 13h às 21h 

Delivery: Disponível pelo iFood (região da Barra da Tijuca e adjacências) 

Instagram: @stuppendorio

 

Cenário carioca brilha no Guia MICHELIN 2025 com novas estrelas

Os apreciadores do Guia MICHELIN já podem contar com a edição de 2025, que acaba de sair do forno. O melhor da gastronomia carioca e paulistana se reuniu no hotel Rosewood São Paulo, na capital paulista, no dia 12 de maio, para descobrir o Guia MICHELIN Rio de Janeiro & São Paulo 2025, conhecer suas novas Estrelas e celebrar o 125º aniversário da publicação.

A edição deste ano recomenda 149 restaurantes, incluindo 18 novidades que refletem a vitalidade e a diversidade da culinária das duas maiores cidades do Brasil.

Entre os destaques estão os cinco restaurantes que renovaram suas duas Estrelas MICHELIN, os quatro novos estabelecimentos que conquistaram uma Estrela e os cinco que entraram para o seleto grupo do Bib Gourmand — prêmio que reconhece as casas com a melhor relação qualidade/preço. Também merecem menção os três restaurantes que mantêm a sua Estrela Verde, uma distinção que valoriza o respeito ao meio ambiente na gastronomia, além de 12 novos estabelecimentos Recomendados, que chamaram a atenção pela qualidade de sua oferta.

A seleção 2025 é fruto do olhar atento e do trabalho minucioso dos inspetores MICHELIN, que encontraram no Rio de Janeiro e em São Paulo uma cena gastronômica vibrante e em constante transformação. Em ambas as cidades, chefs jovens e veteranos — homens e mulheres — se destacam por combinar técnica, criatividade e sensibilidade em propostas que vão da releitura de clássicos à criação de pratos autorais; de experiências que exaltam os sabores locais a outras que homenageiam influências de diferentes partes do mundo.

E mais: há um movimento crescente em direção à ecorresponsabilidade, com profissionais que trabalham com ingredientes sazonais e de origem local de forma consciente, respeitosa e inovadora — promovendo uma cozinha com propósito, sem abrir mão do sabor.

Cenário carioca: o Rio continua brilhando

Este ano, o Rio de Janeiro conta com oito restaurantes estrelados, com duas novidades:

Casa 201, do chef João Paulo Frankenfeld, e o Oseille, de Thomas Troisgros, que receberam uma Estrela cada pela primeira vez. A cidade já contava com dois nomes que mantiveram suas duas Estrelas: o Oro, do chef Felipe Bronze, e o Lasai, de Rafa Costa e Silva.

Restaurante Oro – foto: Rangel
Restaurante Lasai – foto /kato

Entre os restaurantes com uma Estrela, o Oteque, do chef Alberto Landgraf, teve sua classificação revista, mas continua entre os grandes. O Copacabana Palace segue com seus dois restaurantes estrelados: o Cipriani e o Mee. Para completar o time, o San Omakase. No total, o Rio agora conta com dois restaurantes com duas Estrelas e seis com uma Estrela.

Esfera de laranja com Cointreau, avelã e compota, do restaurante Casa 201, no Rio de Janeiro, com uma Estrela MICHELIN ©️ Alex Woloch/Casa 201

Casa 201

Comandado pelo chef João Paulo Frankenfeld, o restaurante oferece uma experiência intimista e acolhedora, como sugere o nome. Formado no renomado Institut Paul Bocuse, na França, e com passagem pelo Le Cordon Bleu do Rio, o chef carioca imprime técnica e sensibilidade em um menu degustação que se transforma conforme as estações. Ingredientes brasileiros ganham destaque, sempre acompanhados por sutis toques da culinária francesa — uma homenagem à sua vivência europeia.

Oseille | foto: Tomas Rangel

Oseille

Filho da tradição da família Troisgros, o chef Thomas Troisgros apresenta no Oseille uma proposta moderna e autoral. Localizado no andar superior do restaurante Toto, o ambiente intimista, com balcão em “U” para 16 pessoas, convida os clientes a acompanharem cada etapa do preparo. A casa serve um único menu degustação que combina ingredientes nacionais com técnicas refinadas da gastronomia francesa — uma celebração da herança familiar e da criatividade contemporânea.

Não só Estrelas: novos restaurantes Recomendados pelo Guia MICHELIN no Rio

Vieiras canadenses seladas, paglia e fieno no molho de açafrão, limão siciliano, cebolete e caviar mujol do restaurante italiano Babbo Osteria, no Rio de Janeiro ©️ Rodrigo Azevedo/Babbo Osteria

Sim, todos conhecem as famosas Estrelas, mas o Guia MICHELIN também reconhece restaurantes que se destacam pela qualidade da cozinha, mesmo sem receber uma Estrela. Essas casas entram para a seleção oficial como Recomendados — e merecem a sua atenção!

Confira os novos restaurantes Recomendados no Rio de Janeiro em 2025:

– Babbo Osteria – Cozinha italiana autêntica, com pratos que equilibram tradição e sofisticação.

– OCYÁ Ilha – Uma experiência única em uma ilha, com frutos do mar fresquíssimos em destaque.

– Quinta da Henriqueta – Um refúgio encantador, com pratos inspirados na culinária brasileira e ingredientes locais.

– Rufino Parrilla – Uma parrilla de respeito, onde as carnes são protagonistas e o sabor é levado a sério.

Esses restaurantes mostram que a gastronomia de excelência vai além das Estrelas e se espalha por diferentes estilos, ambientes e propostas. Que tal explorar essas novas descobertas?